terça-feira, março 27, 2007

A Lebre Encantada (Henriqueta Lisboa)

A Lebre Encantada
De Henriqueta Lisboa.

Havia em um reino um rei que tinha um filho. Um dia o rei estava muito doente e disse ao filho que fosse matar uma caça para ele comer. O príncipe saiu com uma espingarda e quando viu, foi sair do mato uma lebre toda branca. O príncipe correu atrás dela para pegá-la, quando de repente abriu-se um buraco no chão e a lebre entrou, levando consigo o príncipe. Quando este viu, estava dentro de um palácio muito bonito e rico, tendo nele uma princesa também muito formosa. O príncipe ficou tão encantado da beleza da princesa, que nunca mais e lembrou do palácio do pai e nem deste. Passado muito tempo, vai um dia o príncipe lavar as suas mãos e tira do dedo uma jóia que o pai tinha lhe dado. Ai ele lembra de seu palácio e da família, e diz a princesa que ia vê-los. A princesa instou muito para que ele não fosse, mais ele disse que ia e tornava a voltar. A princesa então bateu com uma vara no lugar onde ela tinha entrado com o príncipe e o chão logo abriu-se e o príncipe passou. Quando chegou ao palácio do pai, achou-o todo coberto de luto e abandonado, pois já tinha morrido toda a família de desgosto por causa do desaparecimento do príncipe.

quinta-feira, março 01, 2007

Maria Borralheira (Henriqueta Lisboa)

Maria Borralheira
De Henriqueta Lisboa.

Havia um homem viúvo que tinha uma filha chamada Maria; a menina, quando ia para a escola, passava por uma casa de uma viúva que tinha duas filhas. A viúva costumava sempre chamar a pequena e agradá-la muito. Depois de algum tempo começou lhe dizer que falasse e rogasse a seu pai para casar com ela. A menina pegou e falou ao pai para casar com a viúva, porque “ela era muito boa e agradável”.
O pai respondeu:
-Minha filha ela hoje te dá papinhas de mel; amanha te dará fel.
Mas a menina sempre vinha com os mesmos pedidos, até que o pai contratou o casamento com a viúva. Nos primeiros tempos ela ainda agradava a pequena e, ao depois, começou a maltratá-la.
Tudo o que havia de mais aborrecido e trabalhoso no trato da casa, era a órfã que fazia. Depois de mocinha era ela que ia a fonte buscar água e ao mato buscar lenha; era quem acendia o fogo, vivia muito suja no borralho. Daí lhe veio o nome de Maria Borralheira. Uma vez, para judiá-la a madrasta lhe deu uma tarefa muito grande de algodão para fiar e lhe disse que naquele dia devia ficar pronta. Marinha tinha uma vaquinha, que sua mãe lhe tinha deixado; vendo-se assim tão atarefada, correu e foi ter com a vaquinha e lhe contou, chorando, os seus trabalhos.

Relato pós chikungunya :: Uma dor terrível nas articulações

Esse ano (2024) muitas pessoas pegaram dengue aqui na minha cidade, e varias pessoas pegaram também chikungunya. E eu fui uma delas... depoi...